5 de nov. de 2011

Festival do Triângulo - crítica

Por Carlinhos Santos - crítico de extrema competência e generosidade.


Propondo um roteiro cinematográfico coreografado, o Divinadança fez de Dan le Noir um exercício de habilidade cênica. A trama que costura a dança do grupo é movida por um crime. E entre claros e escuros da iluminação, vamos construindo esta ação folhetinesca dançada. Há engenhosidade nas construções das sequências coreográficas, obtidas pela competência dos intérpretes em cena.
Ao mesmo tempo em que opta por uma montagem de divertimento, o grupo paulista demonstra, sem pruridos, que a dança pode também ter este viés. Para além da exigência de procedimentos investigativos e experimentais, a dança contemporânea – aqui com claras referências do jazz – reafirma sua capacidade de dialogar com outros gêneros artísticos.
O grupo atua de forma coesa, com alguns momentos de virtuosismo que, ok, o contexto justifica, pois estão em cena mocinhos e bandidos, vilões e heróis. O duo entre dos dois principais intérpretes masculinos, o embate de corpos no jogo da trama noir, reforça a habilidade dos bailarinos em fazer narrativas cênicas dançadas. Assim, o Divinadança presenteia o público com diversão e competência coreográfica.

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