Ouvi
que só as palavras contam
Pois
o resto é conversa
Se
eu converso pelo que vejo a partir do que penso
Eu
sinto o que falo.
Mas
eu também falo por meio do silêncio
Logo
“o que” fala é o meu corpo
Mas
se a conversa é um ato de interação
E
meu corpo é o elemento que fala,
Logo
só as danças contam,
Porque
“ai sim” o resto é conversa
E
que as danças continuem sendo divinas
Porque
pelo divino é possível sentir o que se fala
...
na interação de uma dança.
Dele, André Luis
Andréa concordo e admiro quem consegue enxergar esta poesia no corpo e na dança, que é tão sensível e bela.
ResponderExcluirbeijos
A dança não fala. mas o silêncio dos passos possui uma métrica e uma sensibilidade que nenhuma outra palavra possui.Talvez seja por isto que a nossa vida pode ser comparada com um grande balé em 4 atos, no primeiro conhecemos os personagens e cumprimos no tempo a infância, depois a juventude e seus atos que mostram a beleza do amor( que voa com as asas do desejo), depois a idade adulta onde começa a tecer o fim e também chegamos as certezas, mas descobrimos que em nosso balé de espelhos tudo é possível.Enfim o ato 4 em que cumprimos na carne o destino da morte, mas a dança fica no ar, na leveza, assim como a alma que resiste a morte. Sim, a dança tem um pedaço da alma humana em seus passos e por isto é tão bela.
ResponderExcluirbeijos